Essa, com certeza é uma frase que todo menino já ouviu da mãe, do pai ou daquele tio mais velho. Aí crescem os meninos com aquela impressão, que se tornar homem é ser alguém que em todos os momentos é absolutamente forte.
Os anos passam e os homens, em sua maioria, passam a detestar médicos, hospitais, exames e tudo o que possa parecer que ele é frágil. Só que todo ser vivo é frágil! Na adolescência, o homem parece perder o medo das DSTs. Nessa fase, ele se sente invencível e intransponível. Mas os adolescentes precisam de informação, diálogo e enfrentamento que possam reverter o crescimento alarmante dessas doenças.
Já na fase adulta, as doenças que mais matam, são as que podem mais facilmente serem prevenidas. É preciso mudar a postura e interromper esse ciclo a partir da conscientização.
Estamos em novembro, e a maior campanha voltada para o homem está acontecendo no mundo. Segundo o INCA o câncer de próstata é a segunda maior causa de morte pela doença em homens brasileiros. Somente em 2017 foram 15.391 mortes e 68.220 novos casos. Uma estatística assustadora!
Embora a próstata não seja um fator definitivo na sexualidade masculina, como a capacidade de ereção, as doenças da próstata sim, podem comprometer as atividade sexuais do homem.
Os conselhos para manter uma próstata saudável, além de atividades físicas regulares, dieta equilibrada com restrição calórica, gordura animal e carnes vermelhas, também são importantes as visitas periódicas ao urologista. Ainda segundo o INCA, a detecção precoce do câncer de próstata é de fundamental importância para que se aumentem as possibilidades de cura. Entre as medidas preventivas, ressalta-se o toque retal realizado por profissionais de medicina.
O toque retal é uma medida preventiva de baixo custo. No entanto, é um procedimento que mexe com o imaginário masculino, a ponto de afastar inúmeros homens da prevenção. Essa recusa não ocorre, necessariamente, por conta da falta de informações acerca da efetividade dessa medida preventiva. O grande problema está no fato de que o toque retal mexe no imaginário masculino. O medo da dor, tanto física como simbólica e o toque, que envolve penetração, pode ser lido como violação. Mesmo que o homem não sinta dor, no mínimo, experimenta o desconforto físico e psicológico de estar sendo tocado, o que depõe contra a sua “masculinidade”.
Portanto, no campo da saúde pública é fundamental serem promovidas discussões voltadas para os sentidos atribuídos à sexualidade masculina para que, não só a prevenção do câncer de próstata como outras doenças, algumas de simples tratamento no seu início, deixem de atingir os homens.
Então, como você ouvia na infância: Seja homem! Aproveite o Novembro Azul e procure um médico, faca seu exame anual e a manutenção da sua saúde. Sua parceira vai agradecer por ter ao lado dela um homem de verdade, que se cuida para cuidar dela e da família da melhor forma possível.
Rosa Silva
Terapeuta de TFT e Palestrante
vidaplenatododia@gmail.com