Na manhã desta segunda-feira a medição da ponte da Barrinha registrou 7,59, um centímetro a menos que a medição do final da tarde de ontem. A projeção é de que a partir de agora o rio comece a baiar e os moradores possam aos poucos a voltar para suas casas e recuperar seus pertences. O nível do rio dos Sinos atingiu neste domingo a segunda maior marca dos últimos 40 anos, somente em 2013 quando na enchente do mês de agosto atingiu 7,86m superou a medida deste domingo.
A enchente de 2015 também ficou na história como agora a terceira maior, naquele ano o rio chegou a 7,3m. Um detalhe que influencia na gravidade das cheias do rio é o volume de água na cabeceira e na foz do rio. No cenário atual a foz do rio foi menos atingida pelas chuvas e só por isso a área alagada não foi maior.
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A evolução do nível do rio:
Os campo-bonenses foram atingidos pela maior chuva desde 1984, quando a medição começou a ser feita no município, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O volume acumulado de chuva na sexta-feira (16) chegou a 209mm, o maior de todo o RS para o mês de junho desde 1961. O nível da água do Rio dos Sinos, desde então, começou a subir, preocupando a todos os moradores dos bairros ribeirinhos.
Na ponte da Barrinha, o nível do rio marcava alarmantes 6,3m às 10h da sexta, cerca de 4m acima da normalidade. Às 21h, a medição já ultrapassava os 7m, chegando ao máximo de 7,60m às 17h do domingo (18). Por volta das 8h30 desta segunda-feira (19), o nível era 7,59m. Apesar da estabilização, a marcação alcançada significou a enchente do rio e o alagamento de muitas ruas dos bairros Barrinha, Porto Blos, Vila Rica, Operária e 25 de Julho.
Em razão da enchente, muitas pessoas tiveram suas casas invadidas pela água, por isso, já na sexta, o prefeito Luciano Orsi anunciou o Ginásio Municipal como o local destinado a receber os desabrigados. A partir de então, a solidariedade do povo campo-bonense tomou conta e muitas doações começaram a chegar ao local. Nesta segunda, havia 38 pessoas alojadas no ginásio. Doações ainda são necessárias, especialmente de itens de higiene pessoal, produtos de limpeza e alimentos não-perecíveis.
As aulas estão temporariamente suspensas nas escolas Princesinha e Princesa Isabel, na Barrinha, e Presidente Vargas, na Operária. A Defesa Civil e a Prefeitura continuam trabalhando incansavelmente para auxiliar os afetados, inclusive realizando, nesta segunda, o transporte dos trabalhadores ilhados. Quem precisar de ajuda, deve entrar em contato com a Defesa Civil pelo (51) 99631-4625.