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Região segue na bandeira vermelha, estado tem regiões em bandeira preta pela primeira vez
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A prévia da atualização do Distanciamento Controlado apresentado nesta sexta-feira, mostrou um dado preocupante para duas regiões. Os grupos de cidades liderados por Bagé e Pelotas estão classificados pela primeira vez como bandeira preta, de risco altíssimo de contágio do coronavírus. A região 07, que Campo Bom integra com as demais cidades do Vale do Sinos segue em bandeira vermelha, tendo uma pequena piora com relação aos números apresentados nas últimas semanas quando a avaliação se apresentava estável com nota em torno de 1,90. Na avaliação desta semana a nota foi de 2,13.
Dos seus quatro indicadores regionais, o Vale do Sinos alcançou classificação de risco máximo (bandeira preta) em dois deles. É o caso do número de hospitalizações por Covid-19 para cada 100 mil habitantes e da projeção de óbitos. Os indicadores do número de hospitalizações por Covid-19 nos últimos sete dias e do estágio de evolução da doença obtiveram bandeiras amarela e laranja, respectivamente.
Houve aumento nos registros de hospitalizações para Covid-19 nos últimos 7 dias, que passaram de 92 para 96 registros nesta semana, crescimento de 4%. Com o registro de 36 óbitos nos últimos sete dias, houve redução de 25% em relação aos registrados na semana anterior (48 óbitos). No caso do indicador de Ativos sobre Recuperados, a região registrou 2.090 ativos, frente à 2.043 da semana anterior, e 6.162 recuperados, representando uma melhora no valor dado pela razão em comparação a semana anterior. Destaca-se que a quantidade de novas hospitalizações em proporção da população é bastante elevada, refletindo na bandeira preta para o indicador de incidência na região.
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Situação Gera do Estado:
O número de novos registros de hospitalizações por Covid-19, nos últimos 7 dias, comparado com a semana anterior, apresentou um aumento de 14%, passando de 1.174 para 1.338. O número de internados em UTI por SRAG aumentou em 15%, passando de 966 para 1.115. No caso do número de internados em leitos clínicos para Covid-19, verifica-se um aumento de 1% entre as duas semanas, que passou de 1.357 para 1.375 pacientes internados. Para o número de internados em UTI confirmadas para Covid-19, a situação foi de significativa piora, com um
crescimento de 15%, passando de 799 para 915.
Positivamente, o Estado observou uma pequena redução no número de casos ativos na última semana, que atingiu a quantia de 25.221 frente a quantidade de 25.656 da semana anterior. Apesar da redução, a quantidade ainda é muito elevada. Além disso, ainda com o aumento no número de recuperados, a razão entre ativos e recuperados diminuiu entre as duas semanas. Com relação ao número de leitos de UTI livres para atender Covid-19 no último dia, o quantitativo reduziu em 18% entre as semanas, passando de 496 para 407. O indicador de capacidade de atendimento (número de leitos de UTI livres para cada leito ocupado por pacientes Covid-19), mensurada no Estado como um todo, apresentou novamente piora na sua situação, mantendo-se na bandeira preta. Na rodada anterior, o indicador obteve o valor de 0,62 e, nesta semana, a mensuração atingiu 0,44.
O indicador da Mudança da Capacidade de Atendimento, também mensurado para o Estado, obteve bandeira vermelha, resultado da redução de 18% no número de leitos de UTI livres para atender Covid-19 no último dia em relação à quinta-feira anterior. Estes dois indicadores nos permitem acompanhar a capacidade de resposta da rede
hospitalar para atender a população que necessita de atendimento neste nível de atenção (alta complexidade). No entanto, este é um indicador que também está diretamente relacionado ao avanço e prevalência da doença no Estado, uma vez que quanto maior o número de casos ativos, maior o número de pacientes que necessitarão de atendimento hospitalar e maior o risco de pressão no sistema de saúde.
Apesar das ações de ampliação de leitos de UTI no Estado, o avanço na evolução da Covid-19 e o nível de propagação é bastante elevado e cresceu significativamente nas últimas semanas, mantendo a necessidade da conscientização da população em seguir os protocolos de distanciamento, a fim de que possamos seguir nas ações de ampliação da rede e, principalmente, para que possamos continuar garantindo o acesso adequado do paciente aos leitos hospitalares
e de UTI no tempo oportuno.