Nesta sexta-feira, 26, o Instituto Butantan divulgou que já iniciou um projeto piloto para produção da primeira vacina brasileira contra o coronavírus. Chamada de ButanVac, a vacina é desenvolvida e produzida integralmente no Butantan, sem a necessidade de importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). A expectativa é que os ensaios clínicos de fases 1 e 2 em humanos comecem em abril, o que ainda precisa de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Em alguns testes pré-clínicos realizados com animais, os resultados se mostraram “promissores”, o que permitirá evoluir para estudos clínicos em humanos, afirmou o governo.
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Os resultados da pesquisa clínica em humanos vão determinar se a vacina é segura e tem resposta imune capaz de prevenir a covid-19.
Para a produção da vacina, o Butantan deverá usar tecnologia já disponível em sua fábrica de vacinas contra a gripe, a partir do cultivo de cepas em ovos de galinha, que gera doses de vacinas inativadas, feitas com fragmentos de vírus mortos.
“Após o final da produção da vacina contra Influenza, em maio, poderemos iniciar imediatamente a produção da Butanvac. Atualmente, nossa fábrica envasa a Influenza e a CoronaVac. Estamos em pleno vapor”, afirmou o diretor-presidente do Butantan, que garante que a vacina será entregue ainda neste ano.
Instituto Butantan faz parte de um consórcio internacional, onde é o principal produtor e responsável por 85% da capacidade total de imunizantes contra o vírus, de acordo com o governo do estado, e tem o compromisso de fornecer a vacina ao Brasil e aos países de baixa e média renda.