A Polícia Civil do Rio Grande do Sul realizou na manhã desta terça-feira a maior operação já planejada para combater o crime no estado. A operação que segue em andamento durante a manhã visa cumprir 1368 mandados entre prisão, apreensão de bens, bloqueios financeiros e busca e apreensão. Iniciada no tráfico de drogas a facção, que tem base aqui no Vale do Sinos, foi se alastrando e em um primeiro momento ampliando a atuação para outros setores do crime como assaltos a bancos, roubos de veículos entre outros. No segundo momento a facção ampliou a atuação fora do estado e até fora do Brasil, criando conexões com cartéis de países da América Latina e até do México. Outro braço que também cresceu rapidamente foi o das empresas de fachadas para a lavagem de dinheiro oriundo dos crimes. Toda essa estrutura foi fortemente abalada nesta manhã com a Operação Kraken.
Leia também:
Polícia Civil volta a fechar fábrica clandestina de sabão líquido
Luciano Orsi é finalista em duas categorias do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor
Mutirão de combate à dengue nos bairros Santo Antônio e Santa Lúcia no feriadão
Abertura do Circuito de Vôlei de Areia de Campo Bom acontece no próximo domingo
Para organizar a operação foi utilizado o anfiteatro da Fiergs em Porto Alegre, um dos poucos que tem capacidade para receber o número de policiais que participaram da ação. São 238 mandados de busca e apreensão em 38 cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso. Embora tenha relatos de movimentação policial em Campo Bom os delegados responsáveis não divulgaram ainda a lista das cidades em que os mandados foram cumpridos. A avaliação inicial é de um prejuízo superior a R$ 50 milhões para a facção.
Foram apreendidos judicialmente 102 veículos, sendo vários deles de luxo, duas aeronaves, além de 38 imóveis. Além da quantidade ainda não contabilizada de dinheiro em espécie, foram bloqueadas 190 contas bancárias e executados 812 bloqueis financeiros e fiscais ligados a Bolsa de Valores. Ao longo do dia serão divulgadas mais informações sobre a operação que contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Departamento Penitenciário Nacional e Superintendência de Serviços Penitenciários do Rio Grande do Sul.