Todos nós em algum momento da vida sofremos perdas sejam elas de amigos, parentes, perdas financeiras ou amorosas. O fato é que as perdas, de alguma forma, mais cedo ou mais tarde, nos obriga a olhar para o passado, para o futuro, avaliar o presente e mudar.
O que muitas vezes não nos damos conta é que não deveria ser preciso sofrer uma perda para entendermos a necessidade de mudança, afinal mudamos a todo momento. Isso é maravilhoso enquanto seres humanos e deveríamos estar sempre abertos às mudanças, porque elas são agentes de transformação, e se bem usadas, podem nos fazer dar saltos quânticos na vida.
A ciência já comprova que de tempos em tempos nossas células se renovam e nos tornamos uma pessoa novinha em folha.
Mas infelizmente esbarramos o tempo todo com gente carregando culpa por erros do passado. Erros que podemos afirmar, não foram cometidos por aquela pessoa que está ali, sentada e sofrendo. Mas, erros cometidos por alguém que ficou no passado e que já se transformou com novas células, novas experiências de vida, novas oportunidades de seguir em frente.
E quantos estão culpando outros por seus problemas ou erros? Aquela mesma história do “eu estou triste por causa de fulano” ou “eu sou assim porque o outro fez aquilo e aquilo”. E aí eu lanço a pergunta: “porque não ser feliz apesar do fulano?” ou “porque não ser diferente apesar do que o outro fez?”.
Felizmente (e às vezes infelizmente), o ser humano se acostuma à tudo. Com o bom e com o ruim. E aí mora o perigo; nos acostumamos com nosso modo de viver. Esse pode ser o nosso grande perigo ou vilão.
Acostumar-se ao que é bom é maravilhoso, mas há os que se acostumam ao ruim de tal forma que não querem sair disso. Parece loucura? Mas é o que acontece.
Por exemplo, quando estamos deprimidos, somos acalentado por todos, somos bajulados e à medida que o tempo passa e isso se repete, temos a perigosa tendência de em alguns momentos (se não em praticamente todos), manipularmos as pessoas para que façam aquilo que queremos ou por outro lado faz com que possamos nos esquivar daquilo que não queremos fazer. São os chamados ganhos secundários.
No primeiro momento o ganho secundário acontece inconscientemente, mas à medida que o tempo passa e ele começa a ser agradável, nos acomodamos a esse ganho.
O problema em perpetuar a doença por conta de ganhos secundários é ter perdas importantes que não aconteceriam se a doença tivesse sido eliminada de vez.
Portanto se você perceber alguém (ou se perceber) nessa roda do ganho secundário, não permita.
Mostre pra ela (ou para si mesmo) que está na hora de sair do casulo e viver. O redescobrir sentido para a seguir em frente é uma das maiores e mais poderosas descobertas do ser humano.
Rosa Silva – Terapeuta TFT
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