A Universidade Feevale divulgou nesta sexta-feira identificação de uma linhagem nova e potencialmente mais transmissível da da variante VOC Ômicron do SARS-CoV-2, vírus causador da Covid-19. A análise foi feita pelo Laboratório de Microbiologia Molecular da Universidade Feevale, que acompanha as variantes do vírus desde o surgimento da doença em 2020. A identificação foi feita com base em 40 genomas completos de SARS-CoV-2 de amostras coletadas em municípios das regiões Metropolitana, Vale do Sinos, Serra e Caí.
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Avaliando o acompanhamento epidemiológico que vem sendo realizado desde o surgimento do SARS-CoV-2, o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale e coordenador da Rede Corona-Ômica BR-MCTI, Fernando Spilki, explica que foi possível demonstrar que a VOC Ômicron é predominante desde janeiro de 2022, acompanhando o cenário mundial. “Ela é composta por várias sub-linhagens, e este estudo constatou que a proporção de sequências relatadas globalmente designadas como BA.2 tem aumentado em relação à BA.1 (sub-linhagem predominante até então)”, afirma. “Alguns estudos demonstram que a sub-linhagem BA.2 seria mais transmissível do que a BA.1 e mais eficiente em infectar pessoas vacinadas e com uma terceira dose de reforço do que as variantes anteriores”, alerta o pesquisador.
“A circulação de diferentes variantes e sub-linhagens é concomitante a um aumento considerável no número de casos no estado e reforça a necessidade de cautela em relação a esse momento da pandemia”, completa Spilki. Não há nenhum indício até o momento de que a mutação seja mais agressiva. Também não há nenhum estudo mas tudo indica que as vacinas aplicadas seguem tendo o mesmo efeito sobre a nova linhagem.