Conecte-se conosco

Geral

Grupo de teatro se reencontra depois de 40 anos

27 de março. Dia Mundial do Teatro, criado em 1961 pelo Instituto Internacional do Teatro. Arte milenar que deixou uma marca profunda no coração e na mente de moradores campo-bonenses. Na década de 1980, um grupo de funcionários da empresa Reichert Calçados criou o teatro “Pequeno Gigante”. Os ensaios ocorriam no Clube Reny, onde hoje está instalada a corporação da Brigada Militar de Campo Bom. Com a peça “A Revolta dos Brinquedos”, a trupe campo-bonense participou, inclusive, da 1ª Teatrada de Novo Hamburgo, que integrava as atividades de inauguração do Teatro Paschoal Carlos Magno.

Ex-integrante do “Pequeno Gigante”, Fernando Santos (67), que hoje trabalha na Prefeitura de Campo Bom, comenta sobre o que aprendeu na época em que participou de peças teatrais. “O teatro foi uma experiência muito importante na minha vida, me ajudou a superar a timidez e a ver o mundo de modo mais crítico e solidário. Tenho saudades daquele grupo que formamos no Clube Reny”, destaca Fernando.

Nara Faccini (55), hoje professora e assídua participante de corridas de rua em Campo Bom e região, fala sobre como conheceu e começou a participar das interpretações. “Fui convidada para fazer um teste e participar da peça, na qual eu interpretava a bruxinha de pano. O diretor era o Airton Forell e a história era sobre uma menina que maltratava seus brinquedos. Lembro muito bem da apresentação no Clube Reny, tinha um público bem considerável. Sempre achei que não levava jeito para o teatro, era tímida e envergonhada em algumas situações, mas muito conversadeira na aula. Foi muito boa experiência para me soltar um pouco mais e descobrir outras habilidades que não sabia que tinha”.

Leia também:

Sorteio de março do programa Nota Fiscal Gaúcha ocorre nesta quinta

Região deve ter chuva irregular e possibilidade de temporais isolados hoje

LEO Clube Campo Bom: um sonho que se tornou realidade

Guarda Municipal prende homem por furto de TV

Guildo Ody (76), detalha sobre como surgiu a ideia que culminou na encenação da peça “A Revolta dos Brinquedos”. “Naquele tempo, era mais difícil adquirir os brinquedos. Era mais rudimentar. A peça contava a história de uma menina que tinha vários brinquedos e os maltratava, chutando e jogando fora. Quando os brinquedos se revoltaram, eles buscaram uma forma de mostrar para essa menina que eles amavam ela, para que percebesse o que eles sentiam”.

Sandra Ody Küchle (51), filha de Guildo, relata como levou o convívio com o pai na peça e como isso fortaleceu a sua relação com ele. “Participei por muitos anos no coral do município. Depois, acabei trocando pelo teatro e acredito que isso incentivou meu pai a participar das peças. Sempre tive uma relação de amizade com ele (Guido), saindo do aspecto restrito de pai e filha. Considerava ele um colega de elenco, e isso incentivava nós dois a melhorarmos as nossas atuações”. Sandra também comentou que atuar ajudou a se desinibir, facilitando a comunicação com as outras pessoas e melhorando a sua autoestima, algo que leva para a vida até hoje.

A foto do início da matéria data de 12 de julho de 1983, há cerca de 40 anos. Desde então, os quatro ex-integrantes do grupo “O Pequeno Gigante” nunca se reuniram novamente. Durante a produção desta matéria, eles tiveram a oportunidade de colocar a conversa em dia, durante as gravações no Complexo do CEI. Agora, existe a oportunidade de um novo ciclo de vivências. “Um filme passa pela minha cabeça reencontrando esses queridos amigos. Vocês não fazem ideia do que fizeram, reunindo a gente depois de tanto tempo”, comenta Nara, emocionada pelo momento.

Onde entrar em contato com o teatro em Campo Bom?

O município oferece um local especial para que os moradores da região, inclusive de outras cidades, tenham contato com a arte do teatro. Franciele Anezi, diretora da Escola de Arte-Educação do Complexo do CEI, comenta que o local “proporciona aos alunos, desde crianças até adultos, uma aproximação com as artes cênicas e o universo do teatro; são abordadas técnicas diversas de entonação, expressão corporal, improvisação, composição de personagens, figurinos, cenários, criação de roteiros, esquetes e peças teatrais que possibilitam uma familiarização com o palco e o contato com diferentes públicos”.

 

Franciele destaca também os benefícios entregues aos estudantes do curso de teatro e aos alunos da rede municipal. “O teatro oportuniza para a comunidade espetáculos teatrais gratuitos, contribuindo para a formação de plateias e ampliando o acesso à esta expressão artística”.

 

Secretária de Educação e Cultura, Simone Schneider ressalta a importância que o município dá a esse tipo de arte. “Por meio de eventos realizados em Campo Bom, trabalhamos a cultura desde os primeiros anos dos nossos alunos do ensino fundamental. Cultivar esse amor pelas artes, como o teatro, enriquece o valor que as crianças dão para algo histórico e que transcende as gerações da humanidade”.

 

Diretora de Cultura de Campo Bom, Renata da Silva afirma que o teatro é uma “ferramenta de transformação social poderosa, capaz de narrar da dor ao amor e cativar o espectador. A versatilidade dos temas que são levados ao palco, as gerações que protagonizam esses textos, a capacidade de viajar no tempo, tudo isso faz do roteiro teatral um mundo que trabalha a imaginação, a reflexão e também o autoconhecimento”.

Mais Geral

To Top
WeCreativez WhatsApp Support
WhatsApp Tudo Online
👋 Olá caso queira entrar em contato nos envie uma mensagem que responderemos assim que possível