O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Bio-Manguinhos/Fiocruz) entregou nesta sexta-feira, 23, mais 3,8 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19 ao Programa Nacional de Imunização (PNI). Com a nova remessa, o total de doses liberadas pela fundação chega a 74,2 milhões. O montante sobe para 78,2 milhões com as 4 milhões de doses produzidas pelo Instituto Serum, da Índia. Essas doses foram importadas prontas do país asiático, mas tiveram que passar pela Fiocruz para checagem e rotulagem em português.
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Com sede no Rio de Janeiro, Bio-Manguinhos vai liberar 197 mil doses da entrega desta semana diretamente para o governo fluminense, enquanto as demais seguem para o almoxarifado do Ministério da Saúde. O total de vacinas já liberado pela Fiocruz se aproxima de 75% das 100,4 milhões de doses previstas no acordo de encomenda tecnológica assinado com a farmacêutica anglo-sueca. Segundo o contrato, Bio-Manguinhos receberá ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado para produzir as doses.
Outro acordo assinado com a empresa europeia prevê a transferência de tecnologia para que Bio-Manguinhos possa produzir o IFA no Brasil, tornando-se autossuficiente na produção da vacina. Pesquisadores da Fiocruz já estão conduzindo esse processo, que será certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e deve gerar as primeiras entregas a partir de outubro.
O Brasil recebeu nesta semana mais 1 milhão de doses da vacina Oxford/AstraZeneca entregues pelo consórcio Covax Facility, iniciativa global que o país integra com quase 200 nações. Até o fim do ano, o Covax deve enviar 42,5 milhões de doses ao Brasil. Dessas, já chegaram ao país cerca de 6 milhões de doses da Oxford/AstraZeneca e 842 mil da Pfizer/BioNtech.