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Em quarentena pelo coronavírus pessoas passam mais tempo na internet e golpes se multiplicam
Devido a quarentena, as pessoas estão em casa e com mais tempo disponível para buscar informações ou simplesmente entretenimento na internet. Segundo as operadoras, durante estes dias o Brasil bateu seu recorde de consumo chegando a picos de tráfego de 1 terabyte por segundo. Toda essa movimentação é resultado também de pessoas que buscam informações sobre a pandemia e a forma como agir neste período. Os golpistas que já atuavam com frequência no mundo digital viram de uma hora para outra seu público alvo se multiplicar e com isso as tentativas de estelionatos (roubar dinheiro enganando pessoas) e pishing (roubo de dados para utilizar em outros golpes).
O recurso da internet vem crescendo para finalidades como o teletrabalho, a comunicação com parentes, amigos e colegas, a busca por informações e momentos de lazer no consumo de músicas e vídeos. Com isso, é preciso aumentar também os cuidados para evitar acessos indevidos, entrada de vírus ou golpes aplicados pela Web.
A empresa especializada em segurança da informação Kaspersky identificou na América Latina mais de 300 domínios maliciosos usados para envio de mensagens falsas e 35 para difundir malwares entre fevereiro e 15 de março.
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Um exemplo foi uma mensagem com uma conta de álcool gel de mais de R$ 3 mil. Quem clicava tinha um cavalo de troia instalado, que permitia o acesso à máquina do usuário pelos autores do golpe. Isso permitia, por exemplo, a realização de pagamentos e outras movimentações bancárias.
Outro caso foi uma campanha falsa distribuída no WhatsApp que simulava um anúncio da plataforma de vídeo Netflix que oferecia acesso gratuito durante a pandemia do novo coronavírus. Quem clicava era direcionado a um site. O objetivo dos autores era obter cliques para ganhar dinheiro com os anúncios na página de destino.
Mensagens diversas, incluindo boatos com curas milagrosas ou novidades, podem ser uma armadilha para implantar um vírus ou um código malicioso no computador ou smartphone do usuário.
Os códigos maliciosos podem ser vírus (que entram no computador como parte de um programa ou copiando-se para dentro do dispositivo), cavalo de troia (programa que executa ações sem o usuário saber), “ransomware” (mecanismo que veta usar determinados dados do equipamento, cujo acesso em geral é condicionado a um “resgate”) e “backdoor” (programa que permite o acesso remoto ao equipamento do usuário).
A orientação maior é de que os usuários tenham sempre o maior cuidado possível e evitem clicar ou dar acesso ao telefone a desconhecidos, coisa que por vezes acontece involuntariamente. Desconfie de testes, campanhas de ganho fácil e outras situações criadas apenas para obter uma forma de lesar quem está neste momento isolado e com tempo para buscar formas de entretenimento que normalmente não utiliza.
