O Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) divulgou no final da manhã desta terça-feira detalhes sobre a segunda fase da Operação Borgata, que cumpriu 27 mandados judiciais e teve como alvo a principal facção que atua no tráfico de drogas no estado. Segundo o delegado Adriano Nonenmacher, que coordenou as investigações esta segunda fase da Operação, que visa combater a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, apreendeu cerca de R$ 2 milhões em bens e imóveis que estavam em nome de “laranjas” mas pertenciam na realidade a líderes da facção.
Ele revelou na entrevista coletiva que pelo menos 16 pessoas, todas residentes em Campo Bom e Novo Hamburgo serão indiciadas por servirem de “laranjas” da facção. Entre elas um homem de aproximadamente 30 anos que foi preso na manhã de hoje no bairro Canudos e que oficialmente é o proprietário da residência, sequestrada judicialmente, localizada no Centro de Campo Bom e que pertence a um dos líderes do grupo. Com ele estava um dos veículos apreendidos.
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Na manhã de hoje foram apreendidos sete veículos de luxo, de marcas como Audi e Mitsubishi além de uma moto BMW. A facção tem atuação em todo o estado do Rio Grande do Sul e fora dele, atuando no tráfico internacional de drogas e na distribuição para facções menores no estado. As investigação que culminou na operação durou oito meses, na manhã de hoje a Polícia Civil mobilizou mais de 70 agentes no Vale do Sinos, Porto Alegre e em Garopaba.
A facção, segundo o delegado Nonenmacher, é a mais organizada e bem estruturada no tráfico e comércio de drogas e na lavagem do dinheiro proveniente dessa atividade. Ao todo nas duas etapas da operação foram apreendidos cerca de R$ 7 milhões em bens e veículos.
Os veículos apreendidos podem agora, dependendo do Poder Judiciário, se tornar viaturas no combate ao crime. Haverá a solicitação e após aprovação será avaliado se os bens comprovadamente oriundos do tráfico de drogas serão leiloados ou colocados a disposição da Polícia Civil para serem utilizados nas investigações.
Confira imagens da casa no centro de Garopaba, que estava em nome de uma jovem que reside em Porto Alegre e não tem, conforme a Polícia Civil, renda compatível para adquirir o imóvel, além de já ter comprovada ligação com a facção.