A quinta edição da pesquisa Monitoramento dos Pequenos Negócios na Crise, realizada pelo Sebrae RS entre os dias 01 e 09 de maio, apresenta uma considerável diminuição do percentual de empreendedores que tiveram redução de faturamento dos negócios, que é um dos reflexos mais danosos do isolamento social imposto pelo novo coronavírus. Neste levantamento, houve uma queda de 11 pontos percentuais no indicador, que passou de 91%, verificados na semana anterior, para 80% dos empresários que sinalizaram ter diminuído os rendimentos da empresa por causa da crise. No extremo oposto, observa-se um crescimento de dois pontos percentuais nos negócios que relatam aumento no faturamento, chegando a 5% dos respondentes. Os dois índices são os melhores já registrados desde que a pesquisa começou a ser feita no início de abril.
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O número de empresas que tiveram queda no faturamento superior a 50% chega a 56% dos entrevistados. Apesar deste percentual ainda elevado, houve uma reversão da tendência verificada nas semanas anteriores, já que, em relação a quarta semana, o índice obteve queda de seis pontos percentuais. Além disso, a atual pesquisa mostra que 47% dos empreendedores pretendem manter o negócio em funcionamento, alta de três pontos percentuais quando comparado com a semana anterior (44%).
A pesquisa de Monitoramento dos Pequenos Negócios é construída em colaboração com os clientes dispostos a informar ao Sebrae os principais dados referentes ao impacto da crise no seu negócio, e o resultado agora divulgado apresenta a evolução das percepções dos empreendedores nas cinco últimas semanas. A partir destes dados, o Sebrae RS ajusta sua atuação junto aos pequenos negócios, desenvolvendo e sugerindo ações mais efetivas para que os empreendedores possam manter suas empresas no mercado neste momento de grave crise econômica.
Financiamentos
Estimulada pelas demandas dos empreendedores nas pesquisas anteriores, na elaboração da quinta rodada de perguntas foram incluídas questões sobre financiamento, as quais revelaram que, dentre os respondentes, 32% buscaram empréstimo para manter o seu negócio em funcionamento após o início da crise, contra 68% que não optaram por essa alternativa. Dos que buscaram financiamento, 26% conseguiram efetivar a operação, 36% não lograram êxito, e 38% ainda não tiveram resposta das instituições financeiras, estando os pedidos ainda em análise.
Questionados sobre os motivos da negativa de concessão dos empréstimos, os mais citados foram: restrições cadastrais dos sócios ou da empresa (27%) e falta de garantias ou avalistas (27%). Ainda, 22% dos empresários relataram que optaram por não efetivar a operação levando em consideração a taxa de juros muito alta.