Acontece no início da próxima semana, na Sociedade Ginástica em Novo Hamburgo, o lançamento da biografia do tenista Tomás Behrend. O hamburguense, que tem dupla cidadania e no circuito profissional acabou optando pela alemã, é o quarto melhor tenista gaúcho de simples. Behrend foi 74º no ranking mundial em 03 de Outubro de 2005. A biografia do ex-atleta escrita pelo irmão, o jornalista Martin Behrend será lançada na próxima terça-feira, 24, com a presença de Tomás que atualmente reside na Alemanha onde forma futuros tenistas.
Leia também:
Calabouço 40.1 é neste sábado
Brigada Militar prende dois por porte ilegal de arma de fogo
Primeiro vem a chuva depois vem o frio
Campo Bom e o Colégio Santa Teresinha são destaques na biografia, sendo citado o colégio como importante na fase final de formação escolar. Já na orelha do livro a escola e a cidade são citadas pelo pai de Tomás:
“A solução encontrada foi a frequência durante os três anos do segundo grau – condição imposta pelos pais – no Colégio Santa Teresinha, de Campo Bom, com as aulas todas no período da manhã. A única exigência da direção da Escola era que a nota de Educação Física fosse fornecida por um dos técnicos de tênis formado e com registro no MEC. E assim estava se formando um tenista profissional, graças a boa vontade e visão de professores compreensivos, práticos e realistas.”
Em outra passagem, o tenista cita no livro como foi a definição por vir estudar em Campo Bom:
“Eu estava acabando a oitava série na Fundação Evangélica. Iria para o segundo grau. Mas na Fundação tinha dois ou três dias com aulas à tarde. E eu queria treinar, treinar, treinar e treinar. Então, mesmo morando a dois minutos da Fundação, resolvi ir estudar em Campo Bom, no Colégio Santa Teresinha, pois lá a aula acabava ao meio-dia. Ao invés de acordar às 7h10 para ir à aula que começava às 7h30, eu passei a acordar às 6 da manhã, descia todos os dias o morro da Fundação Evangélica para, na Avenida Victor Hugo Kunz, pegar o ônibus rumo a Campo Bom. Ao meio-dia meu pai vinha me buscar para o almoço para pontualmente às 13h30 estar no Aliança para treinar. Assim foram os meus três anos de segundo grau. Muito sacrifício para poder realizar o sonho.”
Tomás Behrend lembra com carinho da experiência e dos colegas, principalmente das festas de encerramento das aulas quando as guerras com bexigas d’água e ovos que traziam grande preocupação a diretora Deone Kray. Lembra que não era exemplo de comportamento mas que o período foi importante em sua formação entre 1989 e 1991, período em que estudou no Santa. Além de contar a formação e trajetória profissional, Martin conta no livro bastidores da participação de Tomás no mais importantes torneios do mundo como Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open.
O livro será lançado na próxima terça-feira, 24, na Sociedade Aliança em Novo Hamburgo as 19h30. No local haverá também uma pequena amostra com objetos utilizados por Tomás Behrend ao longo de sua carreira.
Tomás Behrend dando autógrafos em Roland Garros (Foto: Arquivo Pessoal)