Em municípios afetados pela enchente no Vale do Taquari, pessoas privadas de liberdade têm atuado na limpeza de escolas a partir de uma força-tarefa iniciada pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) no dia 6 de setembro. Até o momento, cerca de 140 apenados de unidades prisionais de Venâncio Aires, Charqueadas, Montenegro, Bento Gonçalves, Guaporé, Encantado, Arroio do Meio e Lajeado já foram mobilizados para auxiliar a população.
A iniciativa é marcada pela cooperação entre a Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS), por meio da Susepe, e a Secretaria da Educação (Seduc). Em reunião realizada no sábado (9/9), na sede da 3ª Coordenadoria Regional de Educação, em Estrela, as instituições alinharam o planejamento dos próximos dias para utilização de mão de obra prisional na limpeza e restauração das escolas estaduais.
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A Secretaria de Educação indicou uma lista com as escolas prioritárias e forneceu os materiais de limpeza necessários para que os apenados pudessem desempenhar os serviços nos espaços. Sete unidades estão sendo atendidas inicialmente: em Lajeado, o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco e a Escola de Ensino Fundamental Fernandes Vieira; em Roca Sales, a Escola de Educação Básica Padre Fernando; em Muçum, a Escola de Ensino Médio General Souza Doca; em Encantado, a Escola de Ensino Fundamental Antônio de Conto; em Venâncio Aires, a Escola de Ensino Médio de Mariante; e em Estrela, a Escola de Ensino Fundamental Moinhos.
Instituições municipais também receberam o apoio do trabalho de pessoas privadas de liberdade. Em Encantado, os apenados realizaram a limpeza da Escola de Educação Infantil Lago Azul, da Escola de Educação Infantil Pequeno Príncipe e da Escola de Ensino Fundamental Érico Veríssimo.
Os presos que atuam nessa força-tarefa são provenientes de unidades prisionais dos regimes fechado e semiaberto, que já desempenhavam algum tipo de atividade laboral nos estabelecimentos. Eles possuem autorização judicial para trabalhar, que é sempre solicitada pela Susepe, e são supervisionados por agentes penitenciários durante a jornada. As demandas de limpeza em cada escola são avaliadas diariamente e ocorrem de acordo com a disponibilidade de apenados e servidores, que também se voluntariaram para auxiliar as cidades atingidas.