Quadrilha presa atraía vítimas através de sites de relacionamentos gays

A quadrilha presa nesta segunda-feira, responsável por sequestros relâmpagos, tinha perfis em redes de relacionamentos e através destes perfis atraía homens gays entre 20 e 40 anos e que tinham boa condição social. O objetivo era marcar encontro com as vítimas em Campo Bom e levar as vítimas para os três cativeiros mantidos pelo grupo. Neste local os homens tinham seus cartões apreendidos, e eram obrigados a dar senhas de aplicativos de bancos. Uma das vítimas chegou a pagar cerca de R$ 100 mil para o bando. A estimativa é de que a quadrilha tenha extorquido cerca de R$ 250 mil com os sequestros.

O delegado Rodrigo Camara relata que as vítimas eram torturadas: ”  Muita violência psicológica. As vítimas fizeram relatos de intensas ameaças de morte. Algumas referem que estão traumatizadas.” Ele completa dizendo que as vítimas ficavam várias horas sob ameaças: “As vítimas eram aliciadas através de aplicativos de relacionamento, atraídas até o município de Campo Bom e levadas até um cativeiro, onde ficavam amarradas por até vinte e duas horas, enquanto os investigados subtraíam, com o emprego de violência e grave ameaça, com arma de fogo, os seus aparelhos de telefone celular e obrigavam as vítimas a forneceram as senhas dos aplicativos bancários e dos cartões de crédito. Os criminosos faziam transferências bancárias, compras simuladas em máquinas de cartão de crédito e, até mesmo, compras reais no comércio local.”

As investigações apontam oito vítimas nos últimos três meses. A maioria é do Vale do Sinos mas há também homens de outras regiões entre as vítimas. Os mandados de prisão foram cumpridos nos bairros Metzler, Aurora, Operária e Centro. Um integrante da quadrilha ainda não foi localizado.

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