Nesta manhã de terça-feira (23), a Polícia Civil deflagrou por meio da Delegacia de Polícia de Crimes Informáticos e Defraudações (DRCID/DEIC), 6ºDPRI e 11ºDPRI a Operação Estadual Sextorsion visando a repressão do delito de Extorsão, Organização Criminosa, Lavagem de Dinheiro, através do conhecido golpe da Extorsão Sexual. A ação três mulheres foram presas, uma delas gravou vídeos usados por criminosos em todo País para aplicar o golpe dos nudes. Outras duas mulheres que atuavam para quadrilha foram detidas em Novo Hamburgo e Farroupilha.
O crime consiste, inicialmente, com o envio às vítimas de solicitações de amizade pela rede social Facebook de mulheres jovens e atraentes para homens, geralmente de meia idade. Num segundo momento, via whatsapp, compartilham fotos íntimas, que serão utilizadas na extorsão. A vítima então passa a receber ligações dos supostos pais da menina e/ou de falsos policiais civis (agentes e delegados de polícia), que o acusam de pedofilia, sob a alegação de que as fotos são de uma criança ou adolescente. Na extorsão os ditos “familiares” exigem valores para não denunciarem a vítima à polícia ou identificando-se como delegados e/ou agentes policiais, a exigência é para arquivar os supostos inquéritos.
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Destaca-se que os criminosos, utilizando de diversos meios para ludibriar as vítimas e extorqui-las, fazem vídeos de supostas mães das vítimas do crime de Pedofilia, simulam delegacias de polícia com a utilização de insígnias, banners, carteiras funcionais falsas, criam falsos mandados de prisão, habilitam celulares com o aplicativo whatsapp com a imagem, principalmente de policiais. A soma de todos esses falsos elementos, faz com que as vítimas do golpe dos nudes efetivamente acreditem que estão falando com policiais e buscando livrar-se da responsabilidade criminal, acabam repassando vultosos valores para os suspeitos da prática dos crimes investigados.
A Polícia Civil destaca que nenhum policial civil liga ou manda mensagens para a exigência de qualquer tipo de valor, para negociar cumprimento de mandados ou deixar de cumprir mandados de prisão. Acontecendo esse tipo de situação, procure a delegacia mais próxima de sua residência para o registro do boletim de ocorrência.