A Universidade Feevale divulgou nesta semana mais uma rodada do estudo que acompanha a evolução da variantes da Covid-19 no Rio Grande do Sul. Os dados coletados apontam a predominância da variante delta em 75% dos casos na comparação com a variante Gamma, que até então dominava a região. Este resultado implica em um número maior de casos, pois a Delta e mais transmissível mas também um número menor de caso graves, uma vez que a Gamma tem mais potencial para gerar os casos mais graves do coronavírus. Sempre é importante destacar de que as vacinas que estão sendo aplicadas tem eficácia comprovada contra os casos mais graves das duas variantes, não evitando a contaminação mas diminuindo a transmissibilidade e os casos em que há necessidade de internações hospitalares.
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As amostras, coletadas entre o final de julho e o início de setembro, são de pacientes provenientes de 12 cidades gaúchas: Alvorada (1), Campo Bom (2), Canoas (31), Garibaldi (8), Novo Hamburgo (11), Picada Café (1), Porto Alegre (4), Rio Grande (1), Santa Cruz do Sul (9), São Leopoldo (1), Sapucaia do Sul (2) e Viamão (1). Também foram analisadas uma amostra de Fraiburgo (Santa Catarina) e uma de Macapá (Amapá). As frequências correspondentes às linhagens foram de 75% de Delta e 25% de Gamma.
Dados são opostos a levantamento anterior
Todos os resultados estão sendo disponibilizados em bases de dados públicos nacionais e internacionais, com posterior submissão do trabalho ao periódico científico. Fernando Spilki pontua que, no sequenciamento anterior, realizado em julho, as frequências das linhagens Gamma e Delta foram opostas às encontradas agora: 75% caracterizadas como Gamma e 25% como Delta. “Esse acompanhamento epidemiológico permitiu observar a entrada da variante Delta no Estado”, afirma.
Segundo o pesquisador, a Delta continua avançando, mas os números podem ser influenciados por surtos locais da variante Gamma. “É o que percebemos quando comparamos os dados de materiais da Região Metropolitana, onde ainda tivemos um contingente significativo de casos de Gamma, com as amostras coletadas no Vale do Rio Pardo, em parceria com a Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), onde a Delta estava presente em oito das nove amostras”, conclui.