Dados oficiais mostram aumento de quase 10% de nascimentos em Campo Bom no primeiro semestre de 2021

Uma das curiosidades científicas que a mudança de hábitos causada pela pandemia é a forma como a população se adaptou aos novos tempos. Desde a metade de março de 2020 uma nova rotina foi criada  e isso impacta diretamente no comportamento da população, assim como outras questões como incertezas na área profissional e receios na área da saúde. Para avaliar esse impacto realizamos um levantamento junto ao portal da transparência dos cartórios de registro civil para avaliar como a população da cidade foi impactada pela pandemia. Como o primeiro semestre de 2020 praticamente não foi impactado, pois somente três casos foram registrados na cidade, pegaremos como base o mesmo período do ano de 2021, e faremos a comparação com os dois anos anteriores.

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No primeiro semestre de 2020 (Janeiro a Junho) foram registrados 350 nascimentos no município, número que teve um pequeno aumento na comparação com o ano anterior, 2019 registrou 345. O que mostra que um crescimento normal de pouco mais de 1%. Agora na comparação com 2021 o crescimento é de 9,4%, pois no primeiro semestre de 2021 foram registrados 383 nascimentos em Campo Bom. Na avaliação mês a mês os maiores crescimentos foram em janeiro e fevereiro. No primeiro mês do ano a média nos dois anos anteriores foi de 55,5 nascimentos, em 2021 houve 68, aumento portanto de mais de 22%. Em fevereiro a média foi de 51,5 e o crescimento ainda maior, foram registrados 65 nascimentos neste ano o que representa aumento de mais de 26%.

Isso no entanto não representa aumento da população. O número de óbitos teve em função da pandemia um aumento considerável em 2021. Os dados do mesmo porta mostram que no primeiro semestre de 2019 e 2020 (quando a cidade ainda não registrava mortes causadas pela Covid-19) cerca de 25% menos óbitos na cidade. No primeiro semestre de 2019 foram registrados 629 óbitos. Em 2020, ainda sem efeito da pandemia o número cresceu pouco mais de 2% sendo de 642. Em 2021 impulsionado principalmente pela onda de contágios dos meses de março e abril, quando a média de óbitos praticamente dobrou, esse número teve crescimento de 25% registrando 854 óbitos no período.