Uma operação policial realizada nesta manhã de sexta-feira, 9, em cinco cidades da região metropolitana de Porto Alegre, desmantelou uma quadrilha que montava empresas de fachada e que, segundo a investigação, lesou em mais de R$ 3 milhões ao menos 20 estabelecimentos comerciais do Rio Grande do Sul. Ao todo, seis mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão foram cumpridos por cerca de 60 agentes nas cidades de Glorinha, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo e Campo Bom. A delegacia de Polícia de Glorinha coordenou a ação.
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O grupo, que teve cinco integrantes presos na operação, fazia compras a prazo em lojas de materiais de construção e equipamentos industriais, não pagava e depois revendia os produtos. Funcionava da seguinte forma: a quadrilha fazia uma compra inicial e de baixo valor. Após conquistar a confiança dos vendedores, passava a comprar materiais de alto valor ou em grande quantidade a prazo, informou a Polícia Civil.
Polícia Civil/Divulgação
Uma das falsas empresas seria uma loja ligada ao ramo de materiais de construção em Glorinha que, na verdade, funcionava em um galpão. Em algumas ocasiões, os suspeitos também indicavam endereços inexistentes.
O caminhão usado por eles também foi apreendido, por meio de um freteiro, que pegaria os materiais comprados de forma ilícita e transportaria para outro local com o objetivo de revendê-los. Ou seja, o lucro deles era dobrado, não pagavam e ainda revendiam.
Polícia Civil/Divulgação
Entre os cinco presos, está um dos líderes do grupo e o responsável por fazer o frete dos produtos roubados. Um dos suspeitos segue foragido. Os delitos apurados são estelionato, falsidade documental e organização criminosa.
Devido à Lei de Abuso de Autoridade e ainda pelo fato de que seguem as buscas a um dos integrantes da quadrilha, a polícia não divulgou os nomes dos presos.