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Luciano Orsi defende maior debate sobre privatização ou não da Corsan
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O prefeito de Campo Bom, Luciano Orsi, que também é presidente da Associação dos Municípios do Vale do Sinos – Amvars, considerou precipitada a decisão do governador Eduardo Leite ao anunciar para a Imprensa e à Assembleia Legislativa, a intenção de privatizar a Corsan. Em reunião virtual da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul – Famurs, na manhã da quarta-feira, 31, Orsi defendeu mais tempo para debater o assunto e a realização de um plebiscito para que a população participe da decisão.
“Na terça-feira, eu já havia discutido o assunto com os colegas prefeitos e prefeitas da Amvars e todos demonstraram preocupação com a forma que o Governo do Estado está tratando do tema privatização da Corsan. O governador já anunciou que o Estado deixará de ser o controlador da água, sem sequer consultar a opinião dos prefeitos”, disse Luciano ressaltando que a água é um bem essencial, que precisa estar acessível a todas as camadas da sociedade. “Como a maioria dos prefeitos gaúchos, entendo que a Corsan tem que melhorar os serviços e são os municípios que conhecem as necessidades de suas comunidades”, prosseguiu Orsi lembrando a privatização da RGE e as dificuldades que os gestores municipais enfrentam para tratar sobre qualquer reivindicação de suas comunidades.
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O prefeito de Campo Bom reforça que os municípios têm o direito de ter mais conhecimento sobre as intenções do Estado, antes desse tomar decisões que afetarão, em muito, a vida de todos os gaúchos. “Não se pode tomar, do dia para a noite, uma decisão tão importante, que vai impactar muito na vida de nossas comunidades. Insisto, sabemos que a Corsan tem problemas, mas eles precisam ser discutidos entre municípios e comunidades. Precisamos ampliar o debate, como a Famurs está propondo, para que fique claro onde residem os problemas da estatal e em que setores ela precisa ser melhorada”, finalizou Luciano Orsi.
Ao término da assembleia que teve a participação de representantes de mais de 250 municípios com contratos com a Corsan, a Famurs emitiu a seguinte nota:
“Mais uma vez, o Governo do Estado falha com os municípios. Anuncia a privatização da Corsan, empresa lucrativa, sem qualquer diálogo prévio com os 317 municípios que possuem contratos com a empresa. Sem os municípios, não existe Corsan. São os municípios que detém o direito à água e ao esgoto. Portanto, o destino da Corsan não pode ser decidido sem participação dos municípios. Não abrimos mão do nosso direito de participar para decidir, coletivamente, junto com a Assembleia Legislativa, Governo do Estado e sociedade gaúcha, qual o melhor caminho para um bem fundamental como a água do povo gaúcho. Queremos e devemos opinar, participar e construir. Privatizada ou não, é fato que ela deve e pode melhorar. Assim, até que este diálogo seja realizado e o projeto apresentado com clareza e transparência, solicitamos ao Governo do Estado e à Assembleia Legislativa do RS a suspensão da tramitação da PEC que extingue o plebiscito. É preciso diálogo verdadeiro. É preciso transparência. É preciso clareza. Qual é o projeto? Por que a pressa? Vamos juntos construir coletivamente a melhoria da gestão da água e do esgoto no RS. Com diálogo e responsabilidade”.