Os técnicos da Agência Nacional de Vigilância Santária (Anvisa) aprovaram neste domingo o registro emergencial para aplicação das vacinas de Oxford, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com a Universidade de Oxford e da Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Com a aprovação as duas podem começar imediatamente a serem aplicadas pelo Ministério da Saúde. O Instituto Butantan já tem unidades da Coronavac para iniciar a vacinação. Já a vacina de Oxford é produzida na Índia e depende de liberação daquele país para que as unidades adquiridas pelo governo brasileiro sejam trazidas. Mesmo assim a projeção de início da vacinação na próxima quarta-feira segue, conforme informou o Ministério da Saúde.
Na apresentação, Gustavo Mendes, gerente da Anvisa informou que a área técnica confirmou a eficácia da CoronaVac. A taxa de sucesso na prevenção da doença em relação ao grupo que tomou placebo (medicamento inócuo) atingiu 50,39%. Na semana passada, o Butantan tinha divulgado uma eficácia de 50,38%. O índice está acima da eficácia mínima de 50% exigida pela Anvisa e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
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Sobre a vacina de Oxford, a Anvisa confirmou a eficácia global do imunizante em 70,42%, validando estudo publicado no início de dezembro pela revista científica The Lancet. A eficácia mede a taxa de sucesso na prevenção da covid-19 comparada a quem recebeu placebo (medicamento inócuo).
Assim como no caso da CoronaVac, os técnicos da Anvisa recomendaram o monitoramento de incertezas e a reavaliação periódica da vacina de Oxford. O gerente de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, citou duas incertezas que precisarão de acompanhamento: baixo número de idosos testados e diferenças entre o banco de semente de vírus da AstraZeneca e do Instituto Serum, laboratório da Índia.
Outra vacina que pediu a liberação emergencial foi a Sputnik, no entanto segundo a Anvisa não há dados suficientes para a análise. De acordo com a Anvisa, apenas vacinas que estejam na Fase 3 de estudos clínicos no Brasil podem solicitar permissão para uso emergencial. Esse não é o caso da Sputnik V, desenvolvida pela Rússia.