A egressa do curso de Biomedicina da Universidade Feevale, Paula Boeira, residente há três anos na Inglaterra, integra um grupo de pesquisa da University of Plymouth que está na linha de frente de combate ao novo coronavírus. Os pesquisadores estão analisando as diferentes respostas imunológicas dos pacientes com Covid-19 e trabalhando para desenvolver um teste simples que ajude a prever quem desenvolverá uma doença grave.
O estudo, intitulado Immune Biomarkers of Outcome from Covid, é realizado pelo Plymouth Hepatology Research Group da Universidade nos hospitais universitários Plymouth NHS Trust (UHP). “Ao analisar amostras colhidas assim que os pacientes entram no hospital e, depois, acompanhá-los à medida que a doença progride, buscamos identificar, em um estágio inicial, quem, provavelmente, desenvolverá a doença respiratória grave que pode ser associada com o vírus”, explica Paula.
Leia também:
Prefeitura intensificará fiscalização do decreto e quem não cumprir poderá ser multado
Copa Campo Bom de Xadrez será online está com inscrições abertas
Fiscalização fecha festa de aniversário na Paulista
Começa nesta segunda-feira a Semana do Brincar de Campo Bom
Aplicativo auxilia municípios a controlarem sintomas de Covid-19
Conforme a pesquisadora, o estudo, que se iniciou há cerca de três semanas, está previsto para levar de dois a três meses. Já foram analisados 30 pacientes em um curto período de tempo, sendo necessários, aproximadamente, 200 pacientes para concluir esta etapa. De acordo com Paula, já foram notadas algumas diferenças entre pacientes e controles, mas ainda é muito cedo para se ter alguma conclusão.
Paula formou-se em 2011 na Feevale e, após um período em que estudou mestrado em Ciências Biomédicas na Holanda, mudou-se para a Inglaterra em 2017. É estudante de PhD do Hepatology Research Group da Faculty of Health da University of Plymouth. Para a egressa, a Feevale a preparou muito bem na questão de prática laboratorial. “Foi importante, principalmente, o estágio final dentro de um hospital, lidando com amostras de pacientes diariamente, que é o que eu faço agora neste estudo. Aqui, na Inglaterra, os alunos não têm muitas aulas práticas, então posso dizer que saí da minha graduação sabendo fazer de tudo dentro de um laboratório hospitalar e esse é um grande diferencial”, afirma.
Paula mora na Inglaterra desde 2017 (Foto: Divulgação/University of Plymouth)