O dinheiro é o segundo maior motivo para divórcio. Ele interfere diretamente na união, bem estar e no relacionamento do casal.
Quantos de nós já perdeu o sono por conta de dinheiro? O problema é que no nosso mundo de super ofertas, liquidações maravilhosas e crédito fácil, milhões de pessoas estão com o orçamento estourado. Segundo a PEIC (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor) em 2015 só no Brasil, 62% das famílias estavam endividadas, 21% com as contas atrasadas e 8% não tinham como pagar o que devem. Então o que fazer?
Quando a vida financeira está desorganizada, é quase impossível que as outras áreas como casamento, saúde, amizades, estejam. Portanto, é fundamental que as finanças se equilibrem.
Mas o que é equilíbrio financeiro? É viver de forma confortável com o salário, renda ou dinheiro que recebe. A forma como é administrada a renda familiar vai determinar se a família está ou não financeiramente estável.
É possível viver bem mesmo não ganhando um salário muito grande. Para isso é preciso pagar as contas em dia, fugir das dívidas, ter controle nos gastos e investimentos e principalmente fazer do dinheiro um amigo e não um inimigo.
Muitos dizem “saúde é mais importante” e eu pergunto se é possível ter uma boa saúde sem o dinheiro? Alimentação adequada, um bom plano de saúde, médicos, dentistas e remédios custam uma soma considerável. Outros dizem “família é mais importante”, mas quando falta o dinheiro, na maioria das vezes, a família se desfaz. “Amigos são mais importantes”, mas como receber confortavelmente os amigos sem dinheiro?
É claro que riqueza não é apenas dinheiro, mas também plenitude de vida e a liberdade que a saúde e o tempo proporcionam. É preciso dinheiro, mas paz e consciência tranquila de não ter dívidas. É preciso dinheiro para sonhar, planejar e realizar os sonhos. E tempo para desenvolver a espiritualidade.
Duas coisas principais impulsionam o ser humano. Uma é a inspiração e a outra é o desespero. O melhor seria que agíssemos guiados pela inspiração, mas a falta de planejamento financeiro nos obriga muitas vezes a agir pelo desespero. E quando o desespero bate, normalmente não há muito tempo e nem calma para raciocinarmos.
Não é minha pretensão dar uma aula sobre finanças, mas uma visão geral do que pode ou não acontecer se o dinheiro não for usado de forma a beneficiar o casal e toda a família. O assunto é vasto demais para ser esgotado nesse artigo, porém é preciso alertar as famílias com seus dilemas financeiros.
Um levantamento feito pelo serviço de proteção ao crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que 36,6% das pessoas admitem que fazem compras como uma forma de aliviar o stress. A mesma pesquisa diz que comprar, mesmo sem planejamento, é o lazer preferido de três em cada dez brasileiros. E mais: 47,7% admitem fazer compras para se sentirem bem.
Portanto, principalmente nesses momentos de crise, a educação financeira é fundamental para uma vida equilibrada e responsável. E se você não consegue vencer seus impulsos consumistas, procure um terapeuta. Ele pode ajudá-lo também nisso.
Rosa Silva
Terapeuta TFT e Palestrante
vidaplenatododia.com.br