Você certamente já ouviu falar no termo Fake News. As notícias falsas em uma tradição livre, se tornaram comuns em um mundo de redes sociais cada vez mais presentes no cotidiano dos brasileiros. Dois tipos de notícias falsas são bem frequentes, as que contém informações falsas mas que não prejudicam a imagem de ninguém e as que são montadas para atingir a imagem de alguém, muito comuns em anos de eleição como será este 2018.
Não bastasse o algoritmo do Facebook que já induz os internautas a deduzir que todos pensam como ele, as Fake News embaralham ainda mais o cenário de informações. O internauta lê manchetes com chamadas polêmicas e por não ter esse costume, esquece de olhar onde a informação está veiculada e qual a responsabilidade que o veículo tem sobre ela. Geralmente uma simples consulta ao Google já resolve a questão, mas o Facebook, principal rede social dos tempos modernos trabalha justamente para manter o usuário em seus domínios, gerando receita ao ver anúncios e entregando informações sobre suas preferências, não vai indicar que o internauta saia e faça a pesquisa no Google.
A solução encontrada pelo site de Mark Zuckerberg foi diminuir a quantidade de notícias mostradas na timeline dos usuários. Não há como condená-lo, está pensando em seu negócio, o problema é que o internauta não percebe isso e segue compartilhando e consumindo informações falsas. O Whatsapp é outra rede que vem se apresentando como terreno fértil para este tipo de notícia, mas como não há como auferir lucro financeiro, perde em preferência para o Facebook.
O caso da vereadora morta no Rio de Janeiro é um bom exemplo. Rapidamente surgiram links com fake news sobre ela ligando sua imagem a traficantes e políticos corruptos. A realidade ficou mais uma vez distorcida ao ponto de pessoas de alto grau de instrução como uma desembargadora emitirem opinião com base em informações falsas.
Você a essa altura já deve estar se perguntando: Porque não punem esses sites e não os retiram do ar? Geralmente são portais sediados ficticiamente em outros países e sem nenhuma pessoa física ou jurídica no Brasil. Surge então outra questão: O que ganham com isso? São duas respostas, a primeira no ambiente da política difamam políticos com acusações sem provas e muitas vezes infundadas (Não estou aqui dizendo que são santos, longe disso). A segundo ganham acessos e visualizações em seus sites e isso gera receita junto a anunciantes e este é o principal motivo que leva à construção destes sites. Eles trazem informações falsas e fazem o internauta perder seu tempo, por isso faz de 2018 o ano de combate as Fake News.
Rodrigo Silva
Jornalista do Portal Tudo Online em Campo Bom